Premiado 30 vezes no estilo Preto e Cinza, uma das categorias mais concorridas das convenções de tatuagem, Samurai Standoff é natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, mas é figura facilmente reconhecida em principais eventos e workshops em qualquer lugar onde for por conta de seu talento. O estilo Preto e Cinza é uma variação de tatuagem realista, que levam pouca ou nenhuma pigmentação branca, assemelhando-se a verdadeiras fotos em preto e branco impressas.
Como e quando iniciou no mundo da tattoo de forma profissional?
Comecei profissionalmente quando resolvi abrir meu próprio estúdio. Há oito anos que trabalho com tatuagem e cinco anos de estúdio próprio.
Quais são suas principais influências hoje?
Carlos Torres, Dmitry Samohin e Paul Booth.
Como funciona a criação das artes para os clientes? Você pega referências e/ou faz peças exclusivas?
Trabalho com imagens da internet e uso o Photoshop para montar as artes para os clientes.
Você lembra da sua primeira tatuagem? Como era o desenho?
Lembro, sim. Tenho ela na minha coxa até hoje, é um olho com asas.
Hoje você é conhecido como mestre do preto e cinza, e já foi dezenas de vezes premiado. O que te levou a se encaminhar para esse estilo? E quando aconteceu seu primeiro prêmio?
Eu sempre tive maior facilidade para desenhar com grafite, e preto e cinza sempre foi um estilo que me agradou visualmente. O meu primeiro prêmio foi no ‘Tattoo Show’ aqui em Porto Alegre (risos). Infelizmente não tenho mais esse prêmio, pois quebrou quando eu troquei de loja.
Com a popularização da tatuagem nos últimos anos, você vê o meio unido ou os profissionais estão ‘cada um por si’?
Eu vejo mais união, pelo menos com os tatuadores com os quais me relaciono, em eventos e workshops.
Após quanto tempo você acredita ter conseguido conquistar sua própria identidade dentro do estilo?
A partir do momento que comecei a criar as minhas próprias imagens e montagens sozinho, e parei de copiar tatuagens prontas.
Qual pedido de tattoo mais inusitado que já fizeram?
Além de uma vez em que a pessoa quis fazer a própria foto, não me lembro de nenhuma mais estranha.
Qual parte do corpo você julga mais complicada para trabalhar, seja tatuar, preencher ou pintar?
Costela.
Você já teve preconceito por conta da profissão em algum momento?
Já. Não quiseram tatuar comigo, porque eu tinha pouca tatuagem.
Quais os próximos passos da tatuagem na sociedade, na sua opinião?
Acredito que haverá cada vez menos preconceito na sociedade sobre tatuagem, até porque hoje em dia é difícil alguém não ter alguma tatuagem. Muitas pessoas deixaram de ver a tattoo como algo feio e começaram a enxergar como arte.
Qual mensagem pessoal e/ou profissional, ou mesmo de vida, você gostaria de deixar aos leitores do portal Expo Tattoo Brasil?
A mensagem que deixo é um pedido para que criem as próprias artes, acompanhem os artistas que admira, olhar vídeos, estudar e tentar montar sua própria identidade. Assim fica muito mais fácil de trabalhar e ser reconhecido por todos.