Como e quando iniciou no mundo da tattoo profissionalmente? E o que te levou a começar a tatuar?

Há pouco mais de 14 anos, eu troquei o video game (mais especificamente um Playstation 2) para iniciar meus estudos na arte de tatuar. No começo, contei com a confiança de alguns amigos para fazer meus primeiros trabalhos. Mesmo atendendo em casa, em pouco tempo, pessoas começaram a me procurar para tatuar. Cerca de três anos depois, consegui ser aceito em um estúdio. Lá foi onde realmente comecei a aprender, conhecer e entender esse universo.

Como funciona a criação das artes para os clientes?

Atualmente, dou início com uma conversa e busco entender o que motivou o cliente a se tatuar. Para compor meus trabalhos, busco sempre um equilíbrio entre a motivação, a ideia e a composição da tatuagem. O desenho precisa funcionar em harmonia com a anatomia do local a ser tatuado. Fora isso, ainda preciso levar em conta a ação do tempo (e como usá-la a meu favor) e se aquele trabalho se encaixa no estilo de vida da pessoa.

Você lembra da primeira tatuagem que produziu?

Sim! Foi uma borboleta pequena e simples. Mas, até hoje lembro como foi difícil para mim. Principalmente as antenas, que eram bem fininhas.

Quais suas principais influências, hoje, na tatuagem?

Tenho muitas influências. Mas, as principais são Dmitriy Samohin, Jun Matsui, Valentina Riabova e Victor Montaghini.

Já tatuou algum pedido bem inusitado? Se sim, qual?

É muito difícil chegar a 14 anos de profissão sem passar pelos famosos “pedidos inusitados”. O que mais me marcou foi um “caralho alado”, tatuado nas nádegas.

Costuma participar de eventos, convenções e workshops? Qual a importância deles para a evolução do mercado da tatuagem no Brasil, na sua opinião?

Participo sempre que possível. Na minha opinião, a evolução vem através da informação. Sempre que vou à uma convenção, procuro conhecer e conversar com outros profissionais da área em busca de aprendizado e troca de ideias.

Como você definiria seu estilo?

Essa pergunta vai de encontro ao meu objetivo enquanto tatuador. Um dia eu espero que as pessoas reconheçam um trabalho meu só de olhar. Quando isso acontecer, vou poder dizer que tenho um estilo. Porque todo o restante são técnicas e linhas de estudo aplicadas na tatuagem.

Quantas tatuagens têm no seu corpo?

Provavelmente mais de 100. Parei de contar já tem muito tempo.

Com quantos anos fez a primeira?

Minha primeira tatuagem foi aos 18 anos.

Como você vê o mercado da tattoo atualmente no país? Tem evoluído ou ainda falta muito para que tatuadores sejam reconhecidos plenamente?

De uns anos para cá, tenho visto e vivenciado uma grande evolução no mercado da tatuagem. Acredito que quanto mais nós, tatuadores, nos profissionalizarmos e buscarmos evoluir, mais reflexo positivo teremos no mercado.

Qual recado você deixa para os seguidores do Portal Expo Tattoo Brasil?

Procure sempre fazer o seu melhor e não apenas ser melhor que o outro.