Theo Pedrada, 44 anos
Trabalha e mora na Costa de Caparica, Portugal.
Como e quando iniciou no mundo da tattoo de forma profissional?
Iniciei por intermédio de um amigo. Profissionalmente, comecei no ano de 2000.
O que te levou a ser tatuador?
Não tive nenhum motivo específico. Aconteceu naturalmente e inesperadamente, por Convivência com esse meu amigo tatuador.
Theo Pedrada trabalhando em seu estúdio Pedrada Tattoo Palace, em Portugal
Quais suas principais influências hoje?
Hoje em dia tenho várias influências. Nomeadamente posso citar Carlos Torres , Ralf Nonnweiler, Jak Connery, e outros.
Hoje você é proprietário do Pedrada Tattoo Palace. Conte um pouco como foi sua trajetória até conquistar o espaço que conquistou hoje.
Bem, no começo foi bem difícil. Comecei em sociedade com mais dois amigos. Ao fim de um ano, fiquei sozinho com a Pedrada Tattoo. Muitos anos se passaram e, entre acontecimentos bons e ruins, estamos agora com a Pedrada Tattoo Palace e Pedrada tattoo Supply.
Hoje você é referência no Preto e Branco e Realismo. Como funciona a criação das artes para os clientes?
Tirando as reproduções de fotografias, meu trabalho é 100% customizado. Para cada cliente, um projeto único. Geralmente, antes de tatuar, marco com o cliente e escuto o que pretende e peço algumas referências para tentar atingir de primeira, a ideia do cliente.
Você lembra da sua primeira tatuagem? Como era o desenho?
Lembro sim, foi uma cruz em tribal.
Com a popularização da tatuagem nos últimos anos, você acredita que há mais união ou os profissionais estão 'cada um por si'?
Acho que há mais união. Pelo menos, tenho um grupo de amigos bem grande onde viajamos e trabalhamos juntos, e até fazemos várias obras em conjunto.
1. Premiado no Bergen Tattoo Convention - Noruega | 2. Troféu de jurado na 5º Tattoo Joinville - Brasil
Além de tatuador, você também é produtor artístico e DJ. Como faz para conciliar todos os trabalhos? Existe alguma estratégia para dar conta de tudo?
Hoje em dia, profissionalmente, só trabalho com tatuagens. Todo o resto virou hobby. Mas no começo foi, sim, complicado conciliar. Por isso, optei por ficar somente com a tatuagem, pois temos de nos entregar de corpo e alma.
Qual sua opinião sobre as convenções de tattoo, entre outros eventos? Você costuma participar?
Costumo participar de 10 a 15 convenções por ano. Gosto muito do envolvimento, do convívio entre os artistas. Hoje em dia, gosto muito das convenções com no máximo 150 artistas, para mim são as melhores.
Qual pedido de tattoo mais inusitado que já fizeram?
Nossa, aí você me pegou, pois já tatuei inúmeras tatuagens fora do vulgar. Mas, quando vejo que não vai funcionar. opto por não realizar o trabalho. O último de que me lembre foi um "coração bola de futebol".
Sobre os produtos que você utiliza nos seus trabalhos, o que há de mais inovador no mercado atualmente?
Sem dúvida alguma, são as máquinas pen e os cartuchos. Vieram para facilitar muito os artistas.
Há algo na sua trajetória como tatuador que teria feito diferente? O que?
Talvez no início poderia ter estudado um pouco mais.
Qual mensagem pessoal e/ou profissional você gostaria de deixar aos leitores do portal Expo Tattoo Brasil?
Espero que tenham todos gostado da entrevista e fiquem a vontade para entrar em contato comigo no Instagram. Grande abraço a todos e boas tattoos para todos nós!